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Untitled
James Joyce

No meio da frase, a meio da frase e fim: "a way a lone a last a loved a long the / riverrun, past Eve and Adam's, from swerve of shore to bend of bay, brings us by a commodius vicus of recirculation back to Howth Castle and Environs."

Untitled

Uma mulher bela, imperfeita e bela.

Rolos Duartes

O pai, a mãe, a filha. Íamos votar. A foto é do António, irmão que estais no céu, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte.

mãe

A família toda tem o olhar atravessado por uma melancolia. Andamos no arame.

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sapatos dos lacinhos

feminina até dizer chega.

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Untitled
Captura de ecrã 2015-04-2, às 22.21.15
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Amália Rodrigues

Este nome tem o som de vários nomes. Um em especial: Rui Valentim de Carvalho.

logótipo Lisboa '94

Lisboa '94 Capital Europeia da Cultura. Quando fiz este trabalho estava grávida e feliz. Ganhei sem ganhar. Segundo consta, os logótipos que existiam eram muito maus. Chamaram-me à última da hora e depois fui mãe. Não achei piada nenhuma a esta história. Ser mãe foi o melhor de tudo. Que rara coincidência apaziguante.

Ruben de Carvalho

A melhor de todas as Camilas da Cidade. Enquanto esteve preso, Ruben observava formigas que caminhavam pela ponte sobre o Tejo. Perspectiva e sobrevivência.

raquetes na praia

Saltos na areia molhada. Mais estilo que resistência, maior agilidade que os opositores. Competição em estado puro sem fair play. São as minhas pernas a falar, e os pés de ossos frágeis a desobedecer à medicina.

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tapetes, Simba e eu ao ar livre

Um dia, resolvi começar a fazer tapetes, na realidade tapetões. O Simba cão achou que cada trabalho destes lhe era destinado.

biscoitos

No Natal faz biscoitos para teres oiros. Inventei este rifão, já o Freud falava do leite fervido que caía no prato do gato e assim se alimentavam dono e animal.

Inverno 2006. Bruxelas

As neves maiores depois das neves fondantes. Seguia no meu carro, ruas limpas com sal, claro.

mandarim

Sei pouco, mas sei. Aprendi na Escola Chinesa da Almirante Reis.

a pior capa da vida

Sem dúvida o mais extraordinário trabalho que jamais fiz. Se bem repararem, o Márcio Ivens (do êxito Bilu Teteia) não tem olhos, sendo que os tem!

Ruben de Carvalho

Camila na cidade com Ruben de Carvalho. Um dos momentos mais felizes. O Ruben sabe falar sobre Lisboa. Enquanto esteve preso, contou, tinha por amigas umas quantas formigas que as observava a marchar na ponte. Questão de perspectiva e sobrevivência.

marco
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Juro que o entrevistei

O Daniel Oliveira apareceu nervoso, não me olhou uma única vez nos olhos. Falava sem parar. Deixei de o ouvir e resolvi escrever sobre líquenes. A pessoa não me encantou.

2005. Bruxelas

Custo da vida.

Janeiro 2004. Bruxelas

As primeiras flores.

Fevereiro 2015. Lisboa.

Morte de Nimoy. Milhões de imagens simbólicas.

2015. Lisboa

Dr. Chase da série Dr. House. Um tratado sobre a arrogância.

Outono 2014. É um automóvel.

São árvores.

Natal 2014. Jesus.

Dentro da caixa.

2014. Lisboa

Nada a acrescentar.

2014. Vesga e não sou vesga

Nada a acrescentar.

Setembro 2014. Lisboa

As palmeiras.

Setembro 2014. Lisboa

Nos céus.

Maio 2014. Magnífico animal.

O Cão.

Lisboa. Herança.

Sem data. A capa é um primor de tipografia. De tipografia sim, essa mesma.

Cão. Lisboa

A pata.

Dezembro 2014. Cão sem pulgas

O Cão gosta de viver aqui.

Verão 2014. Lisboa

Debaixo de terra.

Instagram - Untitled. Setúbal. 2015

Uma experiência.

Março-Maio 2105. Porto

Uma exposição africana.

2004. Bruxelas

Palíndromo.

2004. Bruxelas

Gratuito flamengo.

Março-Maio 2014. Porto

Sindika.

2015. Lisboa

Cartas.

Junho 2014. Lisboa

Raio X.

Junho 2014. Lisboa.

Final da maladie.

2014. Lisboa

Chegada da praia.

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Ontem escrevi um texto curioso sobre animais, bestioles, carraças. Perdi-o entre as múltiplas experiências nas plataformas para sites. A minha ideia é errar até acertar e sobretudo ver-me livre de quem não me trata bem. Amália dizia: "só gosto de quem de mim gosta". Não por acaso, tinha toda a razão. Se Deleuze -- continuo em Deleuze porque é mais uma das minhas paixões -- se o conhecesse casava com ele e fazia-lhe a vida feliz e negra. Raros são os homens que têm capacidade para perceber todo o mal que uma mulher é capaz de fazer tão bem. Não se percebe, contudo, porque estamos, nós mulheres, tão agarradas, coladas à nossa história de infantilização à força. "É feminista?"; "Sou e sou tão feminista que exijo a cada homem que me passa pelas mãos que me pague almoços, jantares, viagens, bons hotéis"; "isso é ser feminista?"; "Claro. Ao homem o que é do homem, à mulher o que é de ambos e isto é tão óbvio que só um estúpido grunho não percebe. Nós precisamos muitíssimo de homens que não sejam filhos das suas mamãs e que se aguentem à bomboca com mulheres que os mandam à merda, assim como lhes dizem: anda cá, meu querido: "aqui quem manda sou eu"*. E portanto Deleuze gostava de pulgas, carraças. Explicava-as sem desprezo e encaixava-as no seu lugar de bestioles ou bêtes que em português não quer dizer besta. Animal é uma palavra mais complexa e sem a voltinha clever-clever de bestas associada ao humano comportamento bestial. Sabe-se, pois, que uma carraça pode viver anos num simples ramo de árvore até cair na pele limpinha que lhe servirá de nova morada: "Un point c'est tout, et de tout le reste la tique s'en fout", Deleuze.

* De "O Barão", único filme de jeito de Edgar Pêra. Um podão do cinema português que continua a filmar porque a sociedade é caridosa. 

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